quinta-feira, 17 de maio de 2012

Médico que espiava WC não vai a tribunal

O neurocirurgião luso-brasileiro Guilherme Machado, de 36 anos, que confessou ter colocado uma microcâmara no WC do serviço de Neurocirurgia do Hospital de Viseu, vai sair impune. foto ADELINO MEIRELES/ARQUIVO O Ministério Público (MP) mandou arquivar o processo em que o suspeito estava indiciado de crime de devassa da vida privada por meio informático, punível com pena de prisão até um ano ou multa até 240 dias. O caso remonta a julho do ano passado, quando a câmara de pequenas dimensões foi apreendida por agentes da PSP que se deslocaram ao hospital na sequência de uma chamada de um funcionário que alertou para o que julgou tratar-se de um engenho explosivo, no interior do autoclismo. O médico acabou por confessar a colocação da câmara e foi constituído arguido a 31 de agosto. Agora, o MP mandou arquivar o processo porque, de acordo com os exames efetuados pela Unidade de Telecomunicações e Informática ( UTI) da PJ "não se apurou que o arguido tenha captado ou gravado imagens de qualquer pessoa ou do espaço intimo onde foi encontrado o equipamento apreendido", lê-se no despacho. Nos computadores e CD apreendidos ao médico não foram encontradas imagens ou sons que, eventualmente, já tivesse captado, "não se verificando a consumação do crime de devassa de vida privada por meio de informática, que exige a existência de um ficheiro automatizado", refere o documento. O MP recorda que o arguido afirmou que "não montou a câmara na totalidade, apenas o que foi encontrado, aguardando a pessoa que viesse mais tarde para co
locar o resto do equipamento", lê-se no mesmo despacho.

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