quinta-feira, 15 de março de 2012

Idosa viveu três semanas em maca da urgência

Se não está falido, o setor social está perro. Custa a perceber como uma idosa passou 23 dias na urgência do Hospital de Santo António, no Porto, sem estar doente. Não tinha para onde ir e ali cuidaram dela. Fernanda mudou-se em miúda de Padronelo para o Porto, e desse tempo vêm os olhos que se acendem com a memória da neve no Marão. Mas as mãos calejadas, as rugas e o corpito mirrado dão-lhe outra idade, talvez não tanta como os 81 anos que de facto conta. Sozinha, caiu em casa, um quinto andar em velho prédio da velha Rua de S. João, e teve a sorte de darem com ela estendida e a levarem ao hospital. Nada os exames revelaram, mas percebeu-se então que não poderia regressar à casa, insalubre e degradada. Logo os serviços sociais do hospital começaram a mexer cordelinhos sem os conseguirem desatar: não houve resposta da Segurança Social, e só ontem outro contacto deu frutos: a Nandinha, como há quem a trate carinhosamente na sala de decisão clínica em que tem passado os dias, vai hoje, pela mão de uma sobrinha-neta, para o lar da Associação Social Cultural de S. Nicolau, onde reside uma irmã e cujo centro de dia já frequentava.

Tempo




quinta-feira, 8 de março de 2012

terça-feira, 6 de março de 2012

Duas dezenas de taxistas assassinados desde Abril de 1974


Duas dezenas de taxistas terão sido assassinados em Portugal desde o "25 de Abril", assinalou, esta terça-feira, a principal associação do setor, que recordou um progressivo decréscimo destes crimes, ainda que os assaltos não violentos tenham aumentado.
 
foto GLOBAL IMAGENS/ARQUIVO
Duas dezenas de taxistas assassinados desde Abril de 1974
 
"Desde o 25 de Abril, há cerca de 20 assassinatos. Mas, nos últimos anos, esse número até tem diminuído. O que acontece é que o pequeno roubo tem aumentado", disse o presidente da Associação Nacional dos Transportadores em Automóveis Ligeiros (ANTRAL), que falava à Lusa em vésperas do julgamento, em Gondomar, dos homicidas de mais um profissional do setor.
Florêncio de Almeida explicou que a formação dos taxistas para aspetos de segurança, que os leva cada vez mais a não reagir a assaltos, "tem contribuído para a diminuição de problemas graves".
José Monteiro, vice-presidente da mesma associação, acrescentou outros fatores que "estão a contribuir para dissuadir os candidatos" a protagonizarem assaltos armados a taxistas, como a perceção, por parte dos larápios, de que os valores em causa não compensam o risco.
"Os valores para os assaltantes são irrisórios, não causam apetência. Hoje, estão virados para coisas 'topo de gama' como as lojas de ouro", ironizou.

Portugueses estão mais habituados a lidar com a crise do que os espanhóis


Os portugueses estão mais habituados a lidar com a crise do que os espanhóis e, mercê de um olhar mais "objetivo e realista", adotaram condutas mais pragmáticas e funcionais do que os vizinhos ibéricos.
 
foto GLOBAL IMAGENS/ARQUIVO
Portugueses estão mais habituados a lidar com a crise do que os espanhóis
Portugueses usam mais o carro para a deslocação para o tabalho
 
Segundo o estudo da agência de publicidade Leo Burnett, divulgado esta terça-feira, os espanhóis mostram "uma tendência de poupança e redução de consumo", mas demonstram um comportamento "evasivo", procurando "a satisfação hedonista nas rotinas quotidianas".
A Leo Burnett realizou mais de 1.600 entrevistas em Portugal e Espanha para o estudo intitulado "Bom dia, Buenos dias", constando que os portugueses "se levantam com um maior sentido de propósito", enquanto os espanhóis "se levantam eclipsados face ao dia".
A apresentação do estudo marcou o lançamento de uma nova divisão da Leo Burnett, a HumanKind Lens, dedicada à observação estratégia e, segundo explicam os responsáveis, à análise das mudanças de comportamento da sociedade.
Para a sua análise realizará vários estudos sobre as condutas, as relações com as armas e o processo que seguem as pessoas antes de tomar decisões de compra.
Segundo o estudo divulgado esta terça-feira, portugueses e espanhóis levantam-se praticamente à mesma hora (respetivamente 7.05 e 7.15 horas), demoram quase uma hora nos preparativos para o dia e, maioritariamente, acordam com "sentimentos de indiferença, obrigação e fastio".

Ministério da Educação e professores chegam a acordo sobre recrutamento


Seis organizações sindicais de professores, incluindo a Federação Nacional da Educação (FNE), chegaram, ao início da madrugada desta terça-feira, a acordo com o Ministério da Educação e Ciência sobre o novo regulamento de recrutamento de docentes.
foto GLOBAL IMAGENS/ARQUIVO
Ministério da Educação e professores chegam a acordo sobre recrutamento
A Federação Nacional dos Professores (FENPROF) não se comprometeu com o documento.
Segundo um comunicado do Ministério, as restantes organizações que assinaram o acordo são a Federação Nacional do Ensino e Investigação (FENEI), a Federação Portuguesa dos Profissionais da Educação, Ensino, Cultura e Investigação (FEPECI), o Sindicato dos Educadores e Professores Licenciados pelas Escolas Superiores de Educação e Universidades (SEPLEU), o Sindicato Independente de Professores e Educadores (SIPE) e o Sindicato Nacional dos Professores Licenciados (SNPL).
Três outras organizações, designadamente a Associação Sindical de Professores Licenciados (ASPL), o Sindicato Nacional dos Professores e/ou Formadores Pós- Graduados (SINPROF) e o Sindicato Nacional dos Professores Licenciados pelos Politécnicos e Universidades (SPLIU) "pediram o adiamento da assinatura da ata".
"Ao longo das duas rondas negociais registou-se um grande espírito de diálogo e abertura, tendo sido incorporadas sugestões e propostas dos sindicatos de professores" no novo decreto-lei que regula os concursos para seleção e recrutamento do pessoal docente da educação pré-escolar e dos ensinos básico e secundário, refere a nota do Ministério.
Com o acordo garantido pelo Ministério da Educação, através da Secretaria de Estado do Ensino e da Administração Escolar, o Governo entende que fica "assim pronto a tempo do arranque dos concursos para o próximo ano letivo um decreto-lei que concentra num único documento todas as matérias relacionadas com o recrutamento de docentes e introduz importantes alterações nos procedimentos"

Tempo



quinta-feira, 1 de março de 2012

Mulher alcoolizada morre atropelada por condutor que fugiu

Uma mulher de 30 anos foi atropelada mortalmente, na madrugada desta quinta-feira, em Lanheses, Viana do Castelo. O condutor fugiu do local do acidente.
O acidente ocorreu cerca das 4 horas, na Estrada Nacional 202, e alguns relatos da população apontam que a mulher foi vista alcoolizada horas antes.
Durante a madrugada, a GNR recebeu um alerta para uma mulher a "deambular" naquela estrada, mas ao chegarem ao local os militares encontram-na já cadáver.
Estão em curso investigações para apurar a identidade do condutor da viatura, que terá fugido sem prestar auxilio à vítima.
O corpo da mulher foi entretanto removido para o Instituto de Medicina Legal em Viana do Castelo pelos bombeiros voluntários da cidade.

Tempo



Novo líder da missão do FMI em Portugal diz que "só cortes" não vão funcionar

Abebe Selassie, líder da missão do FMI para Portugal, defendeu que o ajustamento decorre "mais ou menos como o previsto", lamentou o elevado nível de desemprego e sustentou que "só cortes e mais cortes não vão funcionar".
O diretor-adjunto do Departamento Europeu do FMI considerou que, "no conjunto, o ajustamento está a acontecer mais ou menos como previsto", sublinhando que existe a esperança de que o "o crescimento regresse no próximo ano" a Portugal.
"Também ajuda ver que há um apoio político alargado, o que é muito importante para o sucesso do programa, defendeu o etíope Abebe Selassie, que vai chefiar a missão do FMI para Portugal, substituindo Poul Thomsen.
"O essencial no apoio é que dá confiança ao Governo de que a maioria da população apoia o programa", disse o responsável do FMI, Numa entrevista exclusiva ao Jornal de Negócios.
"Se houver muita contestação torna-se mais difícil implementar as reformas. E as reformas são a saída para esta crise", destacou.
Lamentando o facto do desemprego estar "mais elevado" do que o previsto, Abebe Selassie sublinha que o governo português foi incentivado a procurar soluções "através de políticas ativas de emprego".

Cerca de 500 polícias em megaoperação que deteve 40 pessoas no Porto

Uma mega operação da PSP, GNR, SEF e ASAE colocou, esta quinta-feira de madrugada, 500 elementos nas principais saídas e entradas no Porto com o objetivo de combater a criminalidade violenta, prevenir a fuga aos impostos e fiscalizar o trânsito.
foto José Mota/Global Imagens
Cerca de 500 polícias em megaoperação que deteve 40 pessoas no Porto
A operação, que começou cerca das 2 horas e prolongou-se até às 6 horas, "prende-se com o facto da polícia ter detetado nos últimos meses que alguma da criminalidade violenta se tem realizado de madrugada e utilizando as principais vias de acesso ao Porto como eixos de penetração para cometerem os crimes e depois fugirem", explicou o intendente da PSP, Pedro Moura.
A criminalidade violenta a que a PSP se refere está relacionada, sobretudo, com roubos pelo método de 'carjacking', mas também com assaltos a ATM (multibancos) e furtos a estabelecimentos com máquinas de tabaco.
O tenente-coronel Ruas Moreira, da GNR do Porto, acrescentou, por seu turno, que operação teve também a missão de "deteção e fuga aos impostos, designadamente ao IVA" e ainda "fiscalização e circulação rodoviária".
"Queremos criar um sentimento de segurança à população", referiu o tenenete-coronel, acrescentando que a GNR além do efetivo do Comando Territorial do Porto contou também com o reforço da Unidade de Intervenção de Lisboa para prestar segurança à operação.
A operação conjunta das quatro forças policiais - com a PSP, GNR, Serviço de Estranfeiros e Fronteiras (SEF) e Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) -, desenrolou-se na área do grande Porto, em seis auto estradas: A1, A44, A20, A28, A4 e A3.